11 de junho de 2010

África do Sul e México empatam no primeiro jogo da Copa

O Soccer City cumpriu a risca o roteiro da data histórica. O maior e mais importante estádio da Copa de 2010 se pintou de amarelo, foi tomado pelo som incessante das vuvuzelas e de euforia pela tão esperada abertura do Mundial. E, depois de 45 minutos iniciais de marasmo técnico, o 1º dos 64 jogos do Mundial fez jus a toda expectativa que cercava a partida entre África do Sul e México. Um gol do incansável Tshabalala e um arremate de Rafa Marquez na etapa final fizeram o palco da festa tremer no empate por 1 a 1 que abriu o torneio.

Carlos Alberto Parreira sofreu com a ansiedade de sua equipe no primeiro tempo, com os erros de passe e a precipitação na definição de jogadas. Foi à beira do campo e perdeu por alguns instantes a sua ilustre calma. No segundo tempo, o técnico brasileiro dos Bafana Bafana primeiro comemorou a vantagem no placar e depois lamentou o empate cedido, em vacilo de sua defesa.

Talvez tenha sido o nervosismo da estreia, misturado com excesso de confiança. Talvez o time tenha sentido a ausência de Nelson Mandela, que Parreira considerou a grande inspiração do time na vitória contra a Dinamarca, há seis dias. O fato é que a África do Sul só estreou na Copa no segundo tempo e correu sério risco de começar a sua trajetória com uma derrota.

Com mais objetividade ofensiva dos adversários, dois gols fizeram o Soccer City balançar na etapa final. Principalmente o primeiro deles, de Tshabalala, que motivou segundos de pura euforia na arena de Johanesburgo.

Depois, um balde de água fria com o gol de Rafa Marquez, na falha da zaga. Assim, o empate de mexicanos e sul-africanos honra a reputação do grupo A de ser o mais equilibrado da primeira fase do Mundial – a chave ainda conta com França e Uruguai.

O placar de igualdade no Soccer City ainda manteve a sina mundialista de Carlos Alberto Parreira, que, apesar de ter se tornado nesta sexta-feira o técnico recordista em participações em Copas (com seis), jamais venceu uma partida do torneio por uma seleção estrangeira – triunfou somente à frente do Brasil.

Nas arquibancadas, mesmo confinados em espaços pequenos, em meio à multidão sul-africana, os mexicanos se fizeram notar.

Mas, no placar da influência no jogo, as famosas olas astecas perderam de goleada para o som incessante das cornetas vuvuzelas, barulhento símbolo do futebol dos donos da casa.

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